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A realidade virtual ainda se encontra no seu estágio experimental, mas sem dúvida que possuiu um grande potencial, capaz de facilitar a vida dos seus utilizadores em diversas áreas, como já foi mencionado no tópico 3 . Apesar de grande parte da população ter uma expectativa alta em relação a esta tecnologia, existe sempre um lado mais negro. Isto porque toda a novidade traz sempre um sentimento adjacente de medo ou sensação de incerteza, porque apesar de todas as suas vantagens e de todos os pontos positivos pode também ser utilizada de uma forma errada .

Com a introdução da RV na sociedade é necessário encontrar normas éticas para a sua aplicação (kallman, 1993; Whalley, 1993 ). As pessoas devem também estar a par dos perigos potenciais desta nova tecnologia, compreendendo que influências negativas ou mesmo destrutivas pode trazer (Sheridan, 1993 ;WHitbeck, 1993).

Alguns psicólogos continuam preocupados com a imersão e a forma como esta pode afetar psicologicamente o utilizador. Eles sugerem que os sistemas de RV que colocam o utilizador em ambientes e situações violentas podem resultar na perda de senso. .No mundo virtual, definir atos como assassinatos, crimes sexuais ou práticas violentas tem sido um tema problemático.

A televisão na década de 1960 aumentou a taxa de homicídios na sociedade americana (Kallman, 1993). A RV pode ter a mesma potencialidade na nossa sociedade dentro de alguns anos. Um utilizador., ao jogar um jogo violento, pode identificar-se como o seu avatar e adotar o seu comportamento violento. Com a evolução desta tecnologia, toda a simulação e qualidade dos efeitos visuais farão com que as diferenças entre a realidade e a RV sejam cada vez mais pequenas, o que, consequentemente, pode fazer com que o utilizador tenha mais dificuldade em distinguir o virtual e o real. Em 1994 R.Smith, no livro “Current Military Simulations and the Integrations of Virtual Reality Technologies”, explicou que este processo já terá começado. O autor tomou como exemplos as simulações militares, afirmando que estas se estavam a tornar cada vez mais reais e que os soldados estavam numa verdadeira “death-machine” apenas para realizar um treino - o que poderia desencadear falta de responsabilidade nas suas ações, matando milhares de pessoas inocentes e não sabendo se estão a participar numa simulação ou numa missão real.

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